FILMES | ROOM (2015)

junho 13, 2017


When I was four, I didn't even know about the world, and now me and ma are going to live in it forever and ever until we're dead. This is a street in a city in a country called America. And earth, that's a blue and green planet, always spinning, so I don't know why we don't fall off. Then, there's outer space. And nobody knows where's heaven. Ma and I have decided that because we don't know what we like, we get to try everything. There are so many things out here. And sometimes, it's scary, but that's okay, because it's still just you and me.

Não foi fácil escolher um excerto favorito do filme, pois foram vários os diálogos e monólogos que me marcaram, de diferentes formas. Room foi dos filmes que mais gostei de ver nos últimos tempos. De uma crueza incrível, retrata a história de Jack (Jacob Tremblay), um menino de 5 anos que vive com a sua mãe/Ma (Brie Larson), em cativeiro. Ambos partilham um espaço muito pequeno a que Ma chama de Quarto e para o qual cria um universo imaginário, de forma a proporcionar a Jack uma vivência o mais real e rica possível, ainda que limitada a quatro paredes. Para Jack só existe esta realidade - o Quarto. 

Este filme foi, para mim, uma experiência cinematográfica fantástica e completamente diferente do que estou habituada. O director foi capaz de nos apresentar uma história difícil de uma forma original e criativa, sem a tornar mais uma. Lenny Abrahamson guiou-nos de uma forma que foi possível compreender o que aconteceu, sem que fosse, de facto, mostrado. Torna-se evidente, logo de início, o que se passa, mas o facto da história ser relatada da perspectiva de Jack (Jacob Tremblay), atribui-lhe um carácter humano muito mais significativo e emocionante. Foi incrível assistir à relação entre as duas personagens principais e à ligação que os unia, pois era a única coisa a que se podiam agarrar. As metáforas, o universo para lá do Quarto, a luta desta mãe em proporcionar uma vivência completa e rica em experiências ao filho, ao mesmo tempo que vive um pesadelo, é incrível e arrepiante. Lembro-me que Brie Larson venceu o Oscar de melhor actriz por esta interpretação e agora percebo porquê. 

Imagem | Imdb 

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8 Comentários

  1. Já vi o filme e apesar de ter gostado acho que esperava um pouco mais :)

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  2. Também gostei muito do filme..
    É realmente muito interessante ver a dinâmica de mãe e filho..

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  3. Já cliquei no filme vezes e vezes sem conta naquela de «vejo agora, nã, não sei, vou ver, é, não me apetece», porém, a tua crítica fez-me pô-lo no topo da lista e devo ver até ao final do dia. Assim que puder, dir-te-ei o que achei :)

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    1. Boa, Joana. Fico à espera de saber a tua opinião ;)

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    2. Inês, sou lágrima fácil, podias ter-me avisado que ia chorar tanto. Estou completamente boquiaberta. Que filme magnífico pela tristeza, amor e genuinidade das relações.
      Um beijo enorme.

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  4. Vi o filme na altura em que saiu e até tenho uma publicação sobre o mesmo no meu blogue mas, por mais que o tempo passe, ainda me arrepio sempre que vejo qualquer conteúdo sobre ele. Marcou-me profundamente esta história que nem me consigo imaginar a vivê-la, tão atroz mas, paralelamente, tão delicada aos olhos daquele miúdo. É inesquecível.

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  5. Ainda não vi este filme, porque sinceramente tenho um bocado de medo de me emocionar demasiado :P

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  6. Li o livro, anos mais tarde vi o filme. Achei que não iria conseguir apreciar o filme por saber exatamente tudo o que se iria passar. Mas dei por mim em nervos e a torcer pelos os dois. Ao contrário do que pensava, inicialmente, este filme veio acrescentar mais um pouco à história.

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