FACULDADE || O meu Estágio Curricular
março 03, 2017
No Verão de 2015 a expectativa para saber qual o local onde ia realizar o Estágio Curricular era enorme! Tanta que não parava de falar no assunto. Em Setembro soube que tinha sido aceite para estagiar num hospital da Grande Lisboa. A minha primeira reacção: SIM! foi seguida por emoções mistas, cuja principal foi: M-E-D-O! E agora?! É real. Vou sair da sala de aula e vou aprender de verdade, no mundo real, com pessoas e problemas a sério! Não é brincadeira. Serei capaz? Será que vou gostar? Será que vão gostar de mim? Mil-e-uma questões formuladas. A ansiedade era muita, mas a vontade de partir para uma nova aventura era superior e ansiava por esse passo. Hoje sei que não poderia ter feito melhor escolha!
Fui estagiar para o Gabinete de Neuropsicologia. Um gabinete pequeno para tantas pessoas, inserido no Serviço de Medicina Física e Reabilitação, que foi a minha casa durante 10 meses. O primeiro dia começou algo atribulado. Calculei mal os horários dos transportes, cheguei alguns minutos atrasada e fiz disso um pequeno drama (típico Inês!). Ninguém quer chegar atrasado no primeiro dia. É a primeira impressão e não queria que a minha fosse manchada por um atraso. No entanto, apesar do meu notório stress matinal e das mil desculpas que pedi, a situação foi completamente desvalorizada e deixaram-me descontrair antes de iniciar o meu dia (Ufa!). Conheci o Gabinete, o Serviço e as especialidades que o constituem e foi-me imediatamente entregue uma bata branca e um crachá de identificação, onde se podia ler Estagiária por baixo do meu nome.
A primeira semana foi uma espécie de dessensibilização ao choque, pois assisti a muita coisa, conheci na prática diversas patologias, tal como vem escrito nos manuais e não só. Durante os três primeiros meses fiz observação de consultas e ensaios clínicos, estudei provas, instrumentos de avaliação e aprendi a aplicá-los. A partir de Janeiro de 2016 foi o momento de passar à prática. Passei a ser eu a estar em frente ao utente e a fazer as avaliações em contexto de ambulatório e internamento. Aprendi a fazer uma entrevista clínica, a colocar as questões acertadas, a aplicar os instrumentos de avaliação, a transmitir o feedback à família, a preparar o relatório de avaliação. Nos meses seguintes percebi como fazer as perguntas certas nos momentos certos, a ler nas entrelinhas e a perceber sintomatologias. Lidei com pessoas adequadas, bem-dispostas, contagiantes, impacientes, pouco flexíveis, agressivas, eufóricas, depressivas, apáticas. Fui colocada em situações de stress com as quais tinha de saber lidar no momento. Vi um pouco de tudo e fiz mais do que esperava. Foi a experiência mais rica e desafiante que vivi até hoje. Permitiu-me crescer de formas que não imaginava e aprender mais do que em 4 anos de faculdade.
Em Fevereiro de 2016 fui convidada pela minha orientadora a complementar o estágio com um projecto de acompanhamento psicológico a crianças em idade escolar e pré-escolar com perturbações do neurodesenvolvimento. Foi para mim um orgulho enorme receber este convite e saber que o trabalho que desenvolvia era reconhecido ao ponto de merecer a confiança de intervir junto de uma população com necessidades especiais. Foi das experiências mais entusiasmantes e felizes que tive. Posso dizer que entrava e saía das escolas de sorriso no rosto e só isso deitava por terra qualquer frustração que pudesse sentir.
Os meus dias passaram a estar ocupados até perto da hora de jantar, pois saía do hospital e rumava às escolas para mais algumas horas de acompanhamento. Foram tempos cansativos, mas o facto de poder ver tantos sorrisos satisfeitos e de acompanhar as pequenas evoluções e conquistas de sessão para sessão, fez todo o esforço valer a pena!
Hoje sinto-me muito orgulhosa do que consegui conquistar. Sei que desenvolvi um bom trabalho e mantive-me fiel às minhas crenças e convicções. Trabalhei 10 meses naquilo que queria, conheci pessoas fantásticas e fiz mais do que algum dia pensei ser capaz. Desafiei-me a fazer mais e melhor e consegui!
Em Fevereiro de 2016 fui convidada pela minha orientadora a complementar o estágio com um projecto de acompanhamento psicológico a crianças em idade escolar e pré-escolar com perturbações do neurodesenvolvimento. Foi para mim um orgulho enorme receber este convite e saber que o trabalho que desenvolvia era reconhecido ao ponto de merecer a confiança de intervir junto de uma população com necessidades especiais. Foi das experiências mais entusiasmantes e felizes que tive. Posso dizer que entrava e saía das escolas de sorriso no rosto e só isso deitava por terra qualquer frustração que pudesse sentir.
Os meus dias passaram a estar ocupados até perto da hora de jantar, pois saía do hospital e rumava às escolas para mais algumas horas de acompanhamento. Foram tempos cansativos, mas o facto de poder ver tantos sorrisos satisfeitos e de acompanhar as pequenas evoluções e conquistas de sessão para sessão, fez todo o esforço valer a pena!
Hoje sinto-me muito orgulhosa do que consegui conquistar. Sei que desenvolvi um bom trabalho e mantive-me fiel às minhas crenças e convicções. Trabalhei 10 meses naquilo que queria, conheci pessoas fantásticas e fiz mais do que algum dia pensei ser capaz. Desafiei-me a fazer mais e melhor e consegui!
9 Comentários
Parabéns pelo teu sucesso! O primeiro dia de estágio é sempre um stress. Lembro-me de não ter dormido na noite anterior! ah ah ah
ResponderEliminarBeijinhos
http://aestilografa.blogspot.pt/
É tão mas tão bom quando trabalhamos naquilo que gostamos!
ResponderEliminarParabéns, certamente que fizeste um excelente trabalho.
ResponderEliminarO primeiro dia de estágio também me deixou nervosa mas correu tudo bem e aprendi tanto...! :)
ResponderEliminarTodos os cursos deveriam ter estágio integrado pois é algo que nos faz crescer muito não só a nível profissional mas também pessoal.
Tão bom quando fazemos e aprendemos aquilo que gostamos. O primeiro dia é sempre o caos!
ResponderEliminarAinda bem que o teu estágio correu bem,fico feliz por ti :) estou ansiosa que chegue o meu! (E com medo também...)
ResponderEliminarÉ tão gratificante quando se pode trabalhar naquilo que gostamos!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Ler o teu relato só me deu mais força para tentar arranjar estágio/trabalho na minha área (o que não está nada fácil!). É mesmo outra coisa quando trabalhamos em algo que gostamos e podemos aplicar os conhecimentos de anos de esforço! :D
ResponderEliminarNunca tinha lido o teu blogue, mas ler isto deixou-me bastante feliz por ti. Parabéns pelo que conquistaste!
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