PESSOAL | Primeiro eu!

Como devem ter reparado, o blogue tem estado bastante inactivo desde meados de Janeiro. Não estou a viver um bom momento, a nível profissional, e esse facto tem contagiado tudo à minha volta, inclusive a minha motivação para partilhar convosco o que tenho sentido. 

Não quero, de maneira nenhuma que o blogue se torne num muro de lamentações, mas é um facto que o criei para partilhar momentos da minha vida, sejam eles bons ou maus, e ajudar, de alguma forma, quem me lê, a perceber que não são os únicos a passar por determinadas situações.

Tenho adiado a partilha desta publicação, porque estou em conflito comigo mesma, num debate interno constante entre o que quero e o que acho que devo fazer. Sempre foi e sempre será este o problema. Estou de tal forma infeliz que são raros os dias em que não chego a casa em lágrimas. Ando sem energia para nada e vou passando pelos dias, em piloto automático, a desejar apenas que estes meses passem num piscar de olhos.

E é neste momento que se está a tornar preocupante. Estou a deixar-me contagiar por um ambiente tóxico, por pessoas difíceis e por um trabalho do qual não tiro proveito e que não me faz feliz. Estou, somente, a cumprir uma formalidade e a receber um ordenado. E isso não é suficiente. Nem tem que ser.

Tenho reflectido muito, ao longo dos últimos meses, e grande parte das minhas dúvidas sobre decidir o que fazer devem-se ao facto de estar numa situação que, para todos os efeitos, é temporária. E durante algum tempo agarrei-me a essa certeza para conseguir aguentar uma semana, e outra e mais outra. No entanto, já tenho as minhas energias no limite. E, apesar de saber que dentro de 8 meses finalizo esta etapa, conheço-me e sei que será muito difícil aguentar tantos meses, nesta situação.

Esta experiência profissional está a revelar-se mais penosa do que benéfica e, neste momento, sinto-me emocionalmente fragilizada e com muito pouca energia e motivação de sobra. Estou a colocar-me, não em segundo plano, mas em último e não estou a viver a vida que devo.

E por isso decidi que é altura de tomar uma decisão para tentar mudar esta situação. Decidi que estava na altura de pensar em mim e na minha saúde mental e deixar as necessidades, vontades e opiniões dos outros em segundo plano.

Durante as próximas semanas e meses tentarei esclarecer-vos e manter-vos actualizados sobre esta situação e partilharei convosco as razões que me levaram a pensar tomar esta decisão.

QUOTIDIANO | O que faço para relaxar

Não tenho uma rotina específica ou muito estruturada do que fazer quando quero relaxar, pois acho que a melhor forma de o conseguir é fazer aquilo que me dá prazer. Considero importante, depois de um dia de trabalho ou estudo, ou ao fim-de-semana, reservar algum tempo para descontrair e libertar tensões - seja uma corrida ou caminhada pela praia, um banho antes de ir dormir ou o meu programa favorito na televisão -. Gosto de dedicar tempo a relaxar e são vários os hábitos que adoptei e que me ajudam a cuidar da minha saúde física e mental, depois de uma semana de trabalho.


| Exercício físico
O exercício físico - mais concretamente as aulas de Pilates - tornou-se o meu maior aliado no combate ao stress diário. Esta modalidade começou a fazer parte da minha vida quando me foi detectado um problema de coluna, a Escoliose, de que já vos falei aqui. Foram sugeridas várias modalidades de treino, com o intuito de fortalecer os músculos e reduzir as dores e o Pilates foi a que mais me agradou. Para além de tornar o corpo estruturalmente mais forte, tonificando e fortalecendo os músculos que rodeiam e suportam o tronco, alonga e melhora a postura e alia o treino físico ao mental. São vários os elementos a ter em conta durante uma aula, como a concentração, a respiração, o controlo e a precisão, o que automaticamente nos liberta de pensamentos alheios à aula, pois temos de nos concentrar naquele exercício em específico. Tento reservar, pelo menos, dois dias na semana para fazer 45 minutos desta modalidade, que já faz parte da minha rotina semanal.

| Passeios/ caminhadas
Na minha perspectiva, existem poucas coisas que superam a liberdade de estar ao ar livre. Viver perto da praia tem a vantagem de permitir que, em menos de 10 minutos, consiga pisar a areia e descontrair ao sol. No entanto, fora da época balnear, gosto de rumar até ao paredão e caminhar junto à costa. Seja com o propósito de fazer exercício, aproveitar a paisagem ou passear o Óscar, todas as razões são válidas para sair de casa. Seja pela praia, pela serra, ou pela localidade onde vivo, aproveito para estar ao ar livre, tantas vezes quanto as condições meteorológicas o permitem.

| Leitura
É na leitura que me refugiu quando o tempo não convida a passeios e, para mim, é uma excelente forma de descontrair. Durante aquela hora em que leio uns quantos capítulos, estou imersa noutras histórias, noutras vidas e focada noutros personagens. É um passatempo óptimo para fugir à rotina e relaxar, ao mesmo tempo que enriqueço o meu vocabulário, cultura geral, o meu sentido crítico ou, pura e simplesmente, alimento a minha veia romântica. Ultimamente tenho dedicado mais tempo à leitura, do que nunca e noto que tem contribuído para aliviar a tensão diária.

| Filmes/ Séries
A par da leitura, o cinema e a televisão fazem parte da minha rotina quase diária. É a derradeira actividade de final de dia e aquela que faço imediatamente antes de ir dormir. Para muitos serve para despertar mas, para mim tem o efeito contrário. Relaxa-me. Gosto especialmente de assistir a séries de comédia, leves, como as que já partilhei nesta publicação, e desligar-me por completo do stress acumulado durante o dia. 

Na hora de relaxar procuro estar o mais descontraída possível e rodear-me das coisas e pessoas de que mais gosto. Fora as actividades que faço, existem outros elementos que me permitem criar um ambiente relaxante e descontraído, no final do dia, e libertar-me de tensões: como o simples acto de acender velas de cheiro e deixar que seja apenas essa luz a iluminar uma divisão; colocar música de fundo, audível, mas num nível que me permita concentrar a ler um livro, recostada e de manda no colo. Coisas simples, mas que me permitem terminar um dia de forma mais relaxada e descontraída.

E para vocês, quais são as melhores estratégias para relaxar?

RETROSPÉCTIVA | Janeiro 2018

Janeiro começou como todos os Janeiros – com a premissa de renovação, novidade e recomeços. E foi tudo isso para mim, juntamente com outros sentimentos mistos e contraditórios. Foi um mês de desesperança, dúvida, indecisão e impaciência. Mas também de esperança, surpresa, alegria, entusiasmo, calmia e concretização. Começou com imensas interrogações, mas acabou certo e com uma enorme sensação de conquista, alívio e o respirar fundo e desacelerar típico de quem corta a meta depois de uma longa maratona/ corta-mato, em condições adversas e por caminhos sinuosos. Para ser clara a respeito das múltiplas facetas que este meu Janeiro teve, sem mais rodeios, partilho convosco que o primeiro mês de 2018 culminou com a derradeira aprovação do meu estágio profissional (ou Ano Profissional Júnior, segundo a nova designação), para a Ordem dos Psicólogos Portugueses. Sim!

Após mais de 1 ano de espera, pré-aprovações, burocracias mil, muitos estou farta e não vou conseguir, o Sim chegou, finalmente. Foram longos meses de espera, a grande parte com a esperança do meu lado, mas alguns deles inundados de dúvidas e muita ansiedade. Felizmente não deixei de tentar e a recompensa chegou na forma de um contrato para estágio profissional – o primeiro passo para o início da minha vida profissional.

A motivação altera inevitavelmente, quando vemos o nosso esforço recompensado. E era por esta noticia que esperava há demasiado tempo. Agora sei que o trabalho que tenho feito será valorizado e que estarei, oficialmente, na caminhada para me tornar uma melhor profissional.
Esta foi a primeira grande mudança que 2018 me proporcionou e desta forma, sei que o meu Janeiro não poderia ter terminado melhor, dando o mote para um inicio de ano cheio de força, alegria e motivação. Ufa, consegui!


MOVIE 36 | Janeiro em filmes


O meu contributo para o primeiro mês do Movie 36 esteve quase para não acontecer, o que me estava a deixar desiludida, pois tinha estabelecido um compromisso e estava prestes a nem sequer dar-lhe início. Foi um mês atarefado, com a ansiedade nos picos, mas apesar disso consegui ver alguns filmes. Simplesmente não foi tão fácil encaixar espaço para escrever sobre isso.

Dado que não pude dedicar mais tempo e atenção à escolha cuidada e pensada dos filmes para Janeiro, acabei por ver o que dava na televisão, exceptuando a ida ao cinema no sábado passado, mas até essa escolha foi condicionada pelas sessões esgotadas. Estávamos inclinadas para ver os nomeados aos Oscars The Post, ou Chama-me pelo teu Nome, mas tivemos de optar pelo The Commuter, com o Liam Neeson, pois já só tínhamos disponíveis as primeiras filas. 

QUOTIDIANO | Olá 2018!

2017 não foi um ano pleno. Teve momentos muito felizes, algumas novidades e experiências novas a acontecer, mas foi frustrante em alguns momentos, quase todos relacionados com a minha vida profissional. No entanto, este também foi o ano de começar a aprender a valorizar as pequenas conquistas e passos certeiros, de sublinhar a rosa florescente as coisas positivas, não as deixando cair em esquecimento ou impedindo que fossem minimizadas pelos marcos menos bons do ano. Tenho vindo a aprender a agradecer por tudo o que tenho, por mais pequeno que seja, não a uma entidade espiritual, mas a mim mesma e aos meus. É a mim e a eles que devo tudo o que tenho e consigo e está na altura de me e lhes agradecer por isso. No terceiro dia de 2018 faço uma reflexão do que foi o meu ano de 2017, já com imensa vontade de registar os marcos do novo ano.