QUOTIDIANO | Olá 2018!

janeiro 03, 2018

2017 não foi um ano pleno. Teve momentos muito felizes, algumas novidades e experiências novas a acontecer, mas foi frustrante em alguns momentos, quase todos relacionados com a minha vida profissional. No entanto, este também foi o ano de começar a aprender a valorizar as pequenas conquistas e passos certeiros, de sublinhar a rosa florescente as coisas positivas, não as deixando cair em esquecimento ou impedindo que fossem minimizadas pelos marcos menos bons do ano. Tenho vindo a aprender a agradecer por tudo o que tenho, por mais pequeno que seja, não a uma entidade espiritual, mas a mim mesma e aos meus. É a mim e a eles que devo tudo o que tenho e consigo e está na altura de me e lhes agradecer por isso. No terceiro dia de 2018 faço uma reflexão do que foi o meu ano de 2017, já com imensa vontade de registar os marcos do novo ano. 

| JANEIRO
Iniciei Janeiro de 2017 com uma visita ao hospital onde estive 10 meses a fazer o meu estágio curricular. Lá aprendi, cresci, frustrei-me, fortaleci-me e fui feliz. Acabei feliz. Comecei o novo ano com novas tarefas e objectivos e, por isso, enviei as primeiras propostas para realizar estágio profissional a várias instituições, e fui à minha primeira entrevista de emprego. Janeiro ficou ainda marcado pelo meu regresso às publicações no blogue, um ano depois. Tirei o ano de 2016 para me dedicar inteiramente ao final do meu curso e achei que 2017 era o ano de regressar. 

| FEVEREIRO
Marquei a minha viagem de três dias ao Porto, com três amigas de infância, em Fevereiro. Estávamos muito entusiasmadas e pesquisamos locais a não perder e delineamos um itinerário, em conjunto. Em Fevereiro celebrei aniversários importantes. Fui a mais entrevistas de emprego. E tive o primeiro contacto com toda a burocracia que um processo de estágio, pelo IEFP, exige.

| MARÇO
Comecei o terceiro mês do ano com a primeira entrevista na SCML e realizei testes psicotécnicos, com vista à realização do estágio profissional. Iniciei um curso de formação nas Escalas de Desenvolvimento Mental Griffiths. Passeei pelo Guincho e visitei o Convento dos Capuchos, em Sintra. Celebrei o aniversário da minha Mãe e o Dia do Pai. Fui ao cinema e relembrei a minha infância, com a versão mais recente d'A Bela e o Monstro. E, finalmente, comprei os bilhetes de comboio para o Porto.

| ABRIL
Abril começou de forma angustiante, com o internamento do Óscar, o meu patudo. Entrou em choque, por um motivo que até hoje desconhecemos e esteve internado alguns dias, com lesões no pâncreas e estômago. Foram dias angustiantes, sem sabermos ao certo o que tinha provocado tal reacção e sem pistas da sua recuperação. Dois internamentos e alguma medicação depois, o Óscar estava de volta a casa, feliz e de saúde praticamente restaurada. Em Abril regressei à minha faculdade, para assistir às Jornadas de Psicologia. Visitei uma Feira Medieval. E passei a Páscoa no Porto, com 3 amigas de infância, numa viagem que será recordada com muito carinho.

| MAIO
Em Maio o tempo convidou a muitos passeios. Caminhei com o Óscar pela Quinta do Pisão, em Sintra, passeei pelo paredão de Oeiras com a família e celebrei o dia da Mãe. A meio de Maio tive a imensa alegria de ver o meu Benfica conquistar o Tetra campeonato Nacional e de celebrar a victória do Salvador Sobral no Festival da Eurovisão. Terminei o mês com o inicio de um Estágio de Observação num centro de reabilitação de crianças e jovens com paralisia cerebral. Um novo desafio, a que ainda me estou a adaptar, por não ser uma patologia fácil, nem o local de trabalho mais agradável.

| JUNHO
Em Junho risquei um objectivo da minha lista e participei no Banco Alimentar Contra a Fome, pela primeira vez. Fiz recolha num supermercado e a sensação de contribuir para uma causa tão importante, deixou-me de coração cheio e com enorme vontade de participar sempre, daí em diante. Terminei o curso da Griffiths, iniciado em Maio, e adicionei mais uma formação ao currículo. Mas Junho não terminou sem receber a noticia de que a primeira fase do processo relativo ao meu estágio profissional, foi aceite. Houve ainda tempo de ir ás primeiras festas dos Santos Populares e de passar um fim de semana em família na Marinha Grande.

| JULHO
Julho é sempre um mês muito feliz, pela chegada dos meus tios, imigrados em França. É tempo de reunir a família toda e aproveitar todos os dias, até à sua partida no final de Agosto. Com o verão chegado em força, fiz o meu primeiro dia de praia, passeei pela Quinta da Regaleira, passei um fim de semana de amigos na Ericeira, dei os primeiros mergulhos na piscina, fui a outra festa dos Santos Populares e fiz uma compra muito importante: as alianças de celebração dos 25 anos de casamento dos meus pais.

| AGOSTO
No mês das férias grandes, reuni amigos em minha casa, cozinhei para eles e fizemos serão como há muito não acontecia. Celebrei o aniversário de uma amiga de infância e o 19º aniversário da minha irmã, para além do 25 aniversário de casamento dos meus pais, um marco muito importante e especial, celebrado em família. Fui à praia e à piscina, caminhei no paredão, aproveitei as noites de verão em esplanadas e comi muitos gelados.

| SETEMBRO
Setembro começou com uma despedida de uma grande amiga, que foi estudar para longe. Celebrámos o 73º aniversário da minha avó. Voltei ao cinema e comecei um Curso de Formação em Terapias Comportamentais e Cognitivas no ISPA.

| OUTUBRO
Outubro foi um mês aborrecido e frustrante. Senti-me a estagnar, mesmo estando ocupada e a realizar um estágio de observação. Fui invadida por algumas emoções negativas, pois não estou satisfeita com esta fase da minha vida. Não é, de maneira nenhuma, o local, nem a área a que me queria dedicar, mas neste momento é a única que me permite estar ocupada.

| NOVEMBRO
Em Novembro celebrei o aniversário do meu pai. Passeei à beira-mar, com o inverno a espreitar. Fui a um congresso nas áreas da Psicologia e Terapia da Fala. Completei seis meses no estágio de observação e recebi a boa noticia da aprovação do meu projecto de estágio, pela Ordem dos Psicólogos Portugueses - mais um passo no caminho longo que tem sido a aprovação do meu estágio profissional. 

| DEZEMBRO
Dezembro é dos meses mais felizes para mim. Sempre foi. Para além de ser fã assumida e incondicional do Inverno e do Natal, em Dezembro celebro o meu aniversário, que gosto de partilhar com a família e amigos. No geral foi um mês muito feliz, por ter sido praticamente dedicado à família. No entanto teve um momento agridoce - despedimo-nos, em família, da casa dos meus avós em Viseu. Era o nosso retiro. Ficava longe dos barulhos da cidade e em comunhão com a natureza, com a vinha e o olival, que eram o orgulho dos meus avós e com uma vista lindíssima para o Douro. A despedida não foi fácil. Nunca é fácil deixar para trás uma parte da nossa herança familiar, ainda que material, mas era o mais sensato a fazer. E juntos dissemos adeus a Viseu. Foi o momento menos feliz do ultimo mês do ano. No entanto Dezembro será recordado pelos muitos sorrisos e ainda proporcionou algumas gargalhadas no primeiro espectáculo de comédia a que assisti - o Centro das Atenções, com o Salvador Martinha.  Para o final do mês, os meus 24 anos foram celebrados com a família, num jantar muito especial no Café Império, em Lisboa. Um espaço grande, mas muito acolhedor e intimista, com óptima comida e um ambiente muito simpático.  
 
Dezembro foi o mês em que recebi o maior presente de sempre, algo que não esperava receber tão cedo: um carro! Os pormenores foram todos planeados com o maior secretismo pelos meus pais e avó, para, na noite de natal, eu ser surpreendida como nunca. Tinha uma caixa de cartão, debaixo do pinheiro que, pelo tamanho, não me dava qualquer pista do conteúdo. Ao abri-la reparo noutra caixa igual, de tamanho inferior, e assim sucessivamente, até chegar a uma caixa do tamanho da minha mão. Confesso que por esta altura já achava que se tratava de uma partida e que dentro da caixa não ia encontrar nada, a não ser ar. Não deixava de ter graça. Mas não foi o caso. Abri a caixa e fiquei incrédula quando percebi que era a chave de um carro. Perguntei se era verdade e desatei num pranto quando percebi que tinha mesmo recebido um carro de presente! Estarei eternamente grata por este voto de confiança e vou estimar o meu Clio com o maior amor. 

Terminei 2017 com uma sensação imensa de gratidão para com tudo e todos. À minha família agradeço por todo o apoio e amor incondicional, nesta fase que é, por vezes, muito desanimadora e que me deixa com pouca esperança no futuro. São eles a minha maior fonte de motivação, para agarrar mais um dia com a força e resiliência necessárias. Estou a aprender a gostar mais de mim e a valorizar as minhas diferenças e mesmo as minhas limitações. E para 2018 espero trabalhar a minha auto-estima e ter a confiança necessária para sair, mais vezes, da minha zona de conforto. Em 2018 espero ganhar o meu primeiro ordenado, dar os primeiros passos para a independência financeira, torna-me menos dependente a nível emocional, trabalhar a minha ansiedade, viajar mais e conviver mais e melhor. Está nas minhas mãos conseguir tudo isto. Olá 2018!


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8 Comentários

  1. Parabéns atrasados e feliz 2018, Inês! Adorei ler o teu progresso ao longo de 2017, e dei por mim a sorrir quando descreveste a forma como recebeste o teu carro no Natal :)

    É muito bom e gratificante quando temos momentos em família que se tornam inesquecíveis e marcantes no nosso coração, e parece que 2017 foi mesmo muito bom para ti com a tua família. Fico feliz!

    Um beijinho,
    Sónia Rodrigues Pinto
    By the Library

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  2. Obrigada querida Sónia! Um grande beijinho e um 2018 muito feliz :)

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  3. Adorei ler este post, mesmo que o ano te tenha lançado algumas partidas, vejo que tens aqui muitos momentos maravilhosos vividos ao longo de 2017. Espero que 2018 te corra muito muito bem e que alcances muitos objetivos :)

    Também quero tirar formação na Escala de Desenvolvimento Mental Griffiths, isto porque é uma formação que terei de ter, estou numa área em que já vimos a aplicação e é uma mais valia para o meu futuro. Acho que fizeste muito bem, sempre é algo que tem influência no currículo.

    Bom ano, beijinho :)

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    1. Obrigada Mary!
      O investimento nas escalas Griffiths vale muito a pena por se tratar de um instrumento muito completo e abrangente. É uma óptima ferramenta de trabalho. Se precisares de alguma informação sobre isso, não hesites ;)

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  4. Adorei o teu cantinho e que tenhas um 2018 muito feliz.

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  5. Que 2018 seja um ano fantástico!
    https://sunflowers-in-the-wind.blogspot.pt/

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  6. Por vezes há contratempos e dificuldades que parecem fazer-nos esquecer o que de bom podemos ter atingido, e o melhor é sempre tentar manter essa mentalidade de que aqui falaste :) Que 2018 te sorria muito, e sublinha mesmo esses momentos que valem tanto a pena!
    Beijinhos

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