Aquilo que mais quero para a minha vida profissional não se traduz em números ou reconhecimentos. O meu grande desejo e objectivo não é muito diferente do da maioria das pessoas. Não é mais nem menos. É simplesmente encontrar um local que me permita fazer o que gosto, enquanto aprendo, cresço e onde me motivo diariamente. Sonho - e trabalho para -, acordar todos os dias feliz e com uma motivação imensa para dar início a mais um dia. É esse o objectivo último no campo profissional - aliar um bom local, um salário justo e tarefas motivadoras, a um ambiente feliz e desafiante, de união e crescimento.
Tenho a consciência de que é algo ambicioso esperar uma harmonia a este nível, em que tudo se conjuga de forma favorável e que nos permite entrar e sair felizes, depois de fazermos o que gostamos. Parece quase utópico pensar num cenário assim. Principalmente quando, em muitos dos locais que nos recebem, existe quem não goste do que faz; quem assuma funções de forma obrigada ou quem não tenha perfil para fazer o que faz, tornando o seu dia num ritual de insatisfação, repetido em loop semanas, meses e anos; Existe quem contagie os outros com o seu negativismo, quem tenha aversão a novidade e mudança, quem não se entusiasme, nem se desafie e existe quem não evolua, nem faça evoluir os outros; E existe quem se acomode.
Existe de tudo e eu ainda não vi nada. Só agora estou a começar e, por isso, assisto a todos estes cenários de bancada, com o distanciamento suficiente que me permite avaliar tudo e pensar sobre qual será a minha posição quando chegar a minha vez de exercer. Acho que estou numa posição privilegiada mas, ao mesmo tempo, de grande responsabilidade, pois tenho em mim a capacidade e a oportunidade de começar do zero, livre de hábitos e manhas e, sobretudo, de fazer melhor. Pelo menos a motivação existe e faço para que se mantenha, porque acho que tudo começa em nós e na nossa vontade de querer fazer mais e melhor.
Há
alturas em que me sinto debaixo de um céu
carregado de nuvens
escuras,
prestes a transbordar. E aí sou tomada
pelo peso das minhas preocupações, receios e ansiedade e
deixo-me abater. Nem sempre é simples como gostaria, mas apesar de
uma ou outra adversidade, não
gosto de me lamentar, pois sei que tenho muito apoio
do meu do meu lado e ainda estou a
começar. E é esse lado
positivo que tento destacar. Ainda que
sintamos que existam mil e uma forças contrárias às nossas e que
tropecemos uma ou meia dúzia de vezes pelo caminho, acredito que a
persistência e a resiliência darão frutos. E as coisas sabem
sempre melhor quando as conquistamos com algum esforço, não é
verdade?
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- julho 28, 2017
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