FAMÍLIA | Para ti, Mãe
maio 07, 2017
Mãe,
Contigo aprendi muito mais do que a comer sozinha e a gostar de legumes, a atar os atacadores como os grandes, a andar de bicicleta sem rodinhas, a fazer a minha cama e a querer sempre o meu quarto limpo e arrumado. Aprendi contigo a gostar de cozinhar, apesar de ter sido com o pai que aprendi a gostar de comer e a ser um bom garfo. Ensinaste-me a ser imaginativa e a inovar, a gostar de fazer puzzles e de jogar basket. Por tua causa conheci e aprendi a gostar de ouvir George Michael e os Wham!, de Brian Adams e de outros clássicos dos anos '80. Contigo aprendi a gostar de cuidar mim e a ser vaidosa. Aprendi que devo valorizar-me sempre, a mim, ao meu trabalho e às minhas escolhas. E não foi fácil. Continua a não ser fácil, mas estou mais perto de o conseguir todos os dias. Aprendi contigo a gostar da natureza, do ar livre, das caminhadas e de campismo. De ti herdei o meu lado sensível e empático. Aprendi a ser generosa e ajudar sem esperar um retorno. A ser generosa assim, no sentido mais literal do termo. A dar porque quero e não por esperar que dêem de volta. Aprendi a não tomar nada como garantido e a dizer por favor e obrigada, sempre. Contigo aprendo todos os dias a ser mais paciente e a saber tolerar o que por vezes é pouco tolerável. Aprendo a desvalorizar situações e pessoas que não valem a pena. E aprendo a não alimentar o negativismo. A ti (e ao pai) devo o meu lado romântico e sonhador, que brota desde tenra idade e que me ensinou a ser exigente nas minhas relações, a querer relacionamentos na base do respeito mútuo, da amizade, cumplicidade e da partilha.
Agradeço-te
hoje e todos os dias por me teres ensinado tanto e por sempre me teres deixado
escolher o meu caminho. Permitiste sempre que tivesse a liberdade de pensar e
fazer as minhas escolhas. E deste-me asas para voar sozinha, estando sempre
presente para me amparar e fazer sentir segura. Em ti vejo o meu
verdadeiro porto-seguro. Alguém com que posso dividir muito, sem muitas
palavras, e que está sempre pronta para me confortar com o melhor abraço e
beijo do universo.
Reconheço
que sou, sempre fui e jamais deixarei de ser uma menina da mamã (e do papá).
Culpa tua. Adoro o teu beijo de bom dia e não passo sem o teu abraço caloroso
de boa noite. Admiro-te num número infinito de aspectos. E no futuro
gostava de ser tão boa mãe quanto és para nós. Se assim for, sei que estarei a
fazer as coisas da forma correcta.
É,
para mim, muito difícil dizer ou mostrar o que sinto. Sabes disso melhor do que
ninguém, mamã. Por isso escrevo. E a ti dedico estas palavras - que são poucas
comparadas com o tanto que me dás e ensinas todos os dias, há vinte e três anos
-, mas são sentidas.
Amo-te muito.
Amo-te muito.
1 Comentários
As mães são as melhores e a tua é linda! Espero que tenham tido um dia da mãe incrível :)
ResponderEliminarLA VEINE