Imaginava, na minha mente de criança, de ingenuidade, e parva, que o egoísmo e falsidade eram coisas de histórias. Imaginava que as pessoas nunca eram tão más quanto as faziam parecer. Achava que estava, de certo modo, imune a relacionar-me com pessoas com duas caras e uma mente onde a escuridão e os esquemas dominam. Achava isto porque sou uma parva e confio demais nas pessoas.
Era tão mais fácil se cada pessoa tivesse um rótulo que descrevesse as suas verdadeiras intenções e... basicamente tudo o que lhe vai pela cabeça. Não tenho a capacidade de olhar para alguém e, com apenas dois dedos de conversa, perceber se é de confiança ou não. Posso não sentir empatia pela pessoa, mas não deixo que isso me crie suposições na cabeça, sobre como essa pessoa é. No entanto, o choque é inevitável quando de facto a pessoa é exactamente como a descreveram.
Tenho de parar de imaginar cenários cor-de-rosa na minha cabeça e de acreditar que todos os sorrisos que me mostram são, de facto, sorrisos.
- outubro 28, 2014
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