Eyjafjallajokull (?)

Eyjafjallajokull. Só mesmo algo com um nome destes poderia causar o caos e paralizar o tráfego aéreo por toda a Europa. Não me atrevo a pronunciar, mas este é o nome do vulcão que entrou em erupção na Islândia na passada sexta-feira e cujas cinzas se espalharam por toda a europa provocando o caos.
Aderir ao famoso grupo criado no facebook que tem de nome "Eu sou do tempo em que um vulcão parou o tráfego aéreo europeu" não seria incorrecto mas digamos que seria mais correcto se eu aderisse a um grupo cujo nome fosse "Eu fui vitima da paralização do tráfego aéreo europeu causada por um vulcão".
É verdade.
O que se esperava ser uma estadia de seis dias para umas ferias prolongadas, prolongou-se ainda mais. Ficamos retidos na capital do reino unido por mais três dias do que estava previsto. Para além disso tivemos que regressar de autocarro pois não era permitido voar e os aeroportos estavam fechados. Saída de Inglaterra, passagem por França, Espanha e chegada a Portugal. Uma cansativa viagem de um dia e meio que ficará concerteza recordada.
Mas não foi por isso que Londres perdeu o seu encanto. Longe disso. Fiquei encantada por uma cidade que só conhecia pelo mau tempo, pelo principe harry e pelo big ben. Não só por isto, mas principalmente. Bem, mau tempo nem vê-lo. Esteve frio sim, mas sempre sol. Vi o Big ben, pois claro. E quanto ao principe Harry, contentei-me com a escultura de cera do museu Madame Tussauds.
Devo dizer que nunca tinha presenciado uma sociedade tão civilizada como aquela.
Pessoas alegres, simpaticas, bem educadas. DIFERENTE é talvez a palavra que melhor caracteriza os londrinos. É deveras interessante passar uns dias numa cidade onde toda a gente se veste e arranja como quer e ninguém se importa com isso. Desde mulheres a maquilarem-se no metro, aos punks com cristas multicolores. Ninguém olha com desdem, não olham ao ponto de incomodar, não comentam com a pessoa do lado. É completamente normal, ou não seria Londres uma cidade cosmopolita.
Posso dizer que o facto de termos ficado retidos em Londres não foi mau de todo. No ultimo dia tivemos oportunidade de ver a irreverente Amy Winehouse a passear na rua que mais se identifica com ela, Camden Town. Para quem não sabe esta rua é caracteristica pelo mercado, onde se vende de tudo até as coisas mais bizarras e por ser frequentado por pessoas de todos os estilos. Desde goticos, a punks, passando pelos emos e roqueiros.
Posso e tenho que dizer ainda que o musical "We will Rock you" dos Queen foi o espectáculo/concerto mais maravilhoso que alguma vez vi e, arrisco-me a dizer, verei.
Enfim foi uma estadia diferente e concerteza inesquecivel.

P.S- Saltar em cima da cama para fazer a "S" acordar foi do melhor!

Insegurança



É a insegurança que se instá-la em mim, que percorre cada veia, que se apodera de cada órgão, que me infecta, que me afecta, que me destrói, acabando por me matar.
A insegurança é o meu nome do meio. Por detrás de um olhar meigo e de um sorriso sincero, transparecem as duvidas, os receios, as incertezas…
É a insegurança que me faz duvidar de mim e de ti… de nós.
É a insegurança que me faz ver um céu nublado quando o devia ver estrelado.
Que me faz ver borrões numa tela branca. Que me faz fraquejar em vez de me impor.
É com ela que tenho que viver cada dia e de enfrentar cada hora.
É ela que faz com que tenha sempre algo a apontar, que me faz ver defeitos onde só existem qualidades. Mas acabam por ser essas qualidades que me fazem derrotá-la. As tuas qualidades.
Pois não será nunca mais com essa insegurança que vou ter que me desculpar por não ter lutado, por ter desistido, por ter recuado, e por te ter perdido…


Serei eu, ou apenas parte de mim?
A parte que acredita no romantismo, no amor e na paixão?
Estarei em mim? Ou estarei apenas perdida em pensamentos jamais credíveis, em sonhos jamais concretizáveis, em ilusões jamais realistas?

Chamem-lhe ilusão, paixoneta, atracção. O que for, sei que estou a sentir algo que não é usual sentir. E pode até nem dar em nada, mas sei que nada nem ninguém me pode nem vai impedir de sentir o que sinto, de pensar o que penso, de viver cada momento. Vou sonhando enquanto posso, enquanto tenho com que sonhar, enquanto me deixam sonhar... Porque olhar, pensar, desejar, sonhar não faz mal, mantem-nos vivos, alimenta-nos, mas não engorda. Se não, já eu não caberia nas portas.