FILMES | Perdidos (2017)

maio 23, 2017


A uma semana da estreia de Perdidos, o meu feed de instagram era inundado com publicações e excertos referentes ao filme. Depois de assistir ao trailer pensei Acho que já vi isto... E não foi só impressão minha. Apesar de reconhecer semelhanças óbvias com outro filme, fiquei muito curiosa com este, pois é raro ver um filme português do género. Confesso que tive receio que se tratasse apenas de uma imitação barata e que me fizesse arrepender, mas não foi o caso. Apesar de ser um remake de um filme americano - Open Water -, não deixa de ter o seu valor. E para quem gosta do género, não acho que seja uma desilusão, comparativamente ao original. 

Acho que o cinema português tem estado a crescer e a primar cada vez mais pela qualidade. E valorizo isso. Apesar de há uns anos não considerar sequer pagar um bilhete de cinema para ir ver um filme português, hoje gosto de pensar que vale a pena. E, ultimamente, não tenho saído arrependida. Pelo contrário.

O filme vale o que vale - Um grupo de amigos de infância decide festejar o aniversário de um deles num veleiro, na ilha de Porto Santo. Já longe da Costa aventuraram-se e mergulham no mar, esquecendo-se de fazer descer a escada de acesso ao barco. O pânico instála-se quando se apercebem que não têm forma de subir, que estão encurralados no mar, sem recurso a ajudas e que a unica pessoa dentro do barco é um bebé. O drama, o desespero e a falta de esperança vão tomando conta de todos, à medida que as horas vão passando e as tentativas em escapar com vida não resultam como esperam.

Perdidos, de Leonel Vieira é um thriller de suspense que nos faz arrepiar só de nos imaginarmos em situação semelhante. Os protagonistas não são desconhecidos - Dânia Neto, Diogo Amaral, Dalila Carmo, Lourenço Ortigão, Catarina Gouveia e Afonso Pimentel. O filme foi rodado na ilha de Porto Santo e nos mares do arquipélago da Madeira, cuja beleza natural é indiscutível. O cenário confere ao filme um ambiente fantástico, que só nos pode deixar orgulhosos. As imagens são magníficas e são um dos pontos que mais destaco.

Relativamente ao filme em si, gostei. Achei que estava realista e que a representação e as reacções eram reais e adequadas para a situação retratada. Não considero que seja exagerado ou irrealista - não fosse o filme baseado em factos verídicos -. Não se trata de uma obra prima, mas não tem de o ser, principalmente quando a história é esta. Saí satisfeita da sala de cinema e expectante em relação às próximas produções nacionais.

Publicações Relacionadas

3 Comentários

  1. Nunca tinha ouvido falar deste filme, fiquei com vontade de ver!

    ResponderEliminar
  2. Por acaso estou curiosa para ver este filme por ser o primeiro thriller português.. E agora ainda fiquei mais curiosa com a tua opinião positiva..
    Beijinhos*

    ResponderEliminar